Pelo sexto ano consecutivo, eu participei da Corrida do Graacc de Dia das Mães. Faz parte dos meus ritos de cura e agradecimento pela saúde da minha mãe. Em 2018, ela foi diagnosticada com câncer no pâncreas, 1% de chance de sobrevivência e, com certeza, com péssima qualidade de vida. Embora, três exames de lugares diferentes e renomados no tratamento de câncer apontavam para o mesmo diagnóstico e a cirurgia de retirada do pâncreas já estivesse agendada, ela ouviu sua intuição e foi se consultar com seu médico de confiança.
Esse médico estranhou que um câncer de mama tivesse dado metástase no pâncreas e indicou um outro especialista em oncologia mamária, que por sua vez nos disse: “Na Medicina, quando há uma raridade a gente desconfia. E no caso da sua mãe, existem duas; eu quero a reanálise tanto da lâmina do câncer de mama quanto da lâmina do câncer de pâncreas”. E o novo diagnóstico veio: pancreatite autoimune. Meu irmão pesquisou na internet e achou alguns estudos demonstrando essa confusão de diagnóstico entre as duas doenças.
Alguns familiares e amigos acreditam que tenha sido um milagre e ela foi curada no intervalo de um exame e outro. Outros acreditam que os diagnósticos iniciais estavam errados, pode até ser coisa de uso de inteligência artificial sem pensamento crítico humano. E outras pessoas, como eu, acreditam que houve ação da fé e interferência espiritual, que operou conduzindo minha mãe e seus médicos na busca pelo diagnóstico correto. Foi sim, um verdadeiro milagre, talvez não no sentido estritamente religioso, mas no nosso poder de fazer o universo conspirar a nosso favor.
Então, claro que eu abraço com muita força o propósito coletivo das crianças do Graacc e torço para que todas elas tenham a mesma chance de cura da minha mãe, mas corro também pelo meu propósito individual de honrar a saúde da minha mãe e agradecer por ter ela mais um ano comigo.
E ontem ainda houve um sentido específico adicional para mim nesta corrida. Pela primeira vez, eu me inscrevi na prova de 10K. Há duas semanas lesionei a perna e estava sentindo muitas dores. Antes da prova, consegui chegar ao máximo de 7K. Mais do que vencer esse desafio, eu queria terminar a prova bem, sem sacrifícios extremos, respeitando os limites do meu corpo. E foi o meu melhor tempo para essa distância!
O segredo? Atenção e observação aos sinais do corpo, ajustes de pace, temperatura e postura durante toda corrida, e principalmente a vibe inigualável dessa corrida, que acontece sempre que você tem pessoas unidas por um propósito forte, claro e específico.
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Eu sou Maris Harada, criadora do @fala.maris e fundadora da maris cocriação estratégica.
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