Dessa vez o Chat GPT me deixou na mão. Não conseguiu cumprir o briefing, rs. Então, esta semana o artigo é só meu mesmo.

Em primeiro lugar, vamos entender o conceito de tomada de decisões. É claro para você que decidir sobre algo envolve escolhas? E toda escolha inclui uma ou mais renúncias, certo? Porque não se pode ter tudo! Nem com todo dinheiro do mundo, tá?

Bem, se eu preciso tomar uma decisão que necessariamente envolve ao menos uma renúncia, então é preciso refletir bem antes de decidir.

Quando nós reconhecemos a nossa singularidade, fica mais fácil identificar o que é bom para nós e para o nosso trabalho ou negócio, e o que vai dar ruim.

Não se trata aqui somente de pesar prós e contras, é muito mais profundo do que isso. Por exemplo, você pode ter uma opção com muito mais contras, mas que tem um pró que vai proporcionar uma motivação e uma felicidade tão grandes que pode valer a pena. Se você não tem sua singularidade claramente definida, fica difícil escolher pelo que aparentemente é pior, mesmo com muita coragem.

Reconhecer nossa singularidade é muito mais do que uma ajuda para a tomada de decisão, é fundamental. Eu diria até que é o ponto de partida, a primeira coisa que alguém deveria fazer quando precisa decidir algo importante.

Neste artigo, vou destacar quatro aspectos que considero os mais relevantes. 

1. Decisões mais conscientes

Se temos a nossa singularidade mapeada, conseguimos tomar decisões mais conscientes. Eu me considero uma pessoa espiritualizada, mas na hora de tomar decisões, não curto muito esse lance de jogar para o Universo. Por outro lado, pensar, pensar e pensar sem sair do lugar também não é muito produtivo.

Quando reconhecemos nossa singularidade, conseguimos refletir sobre uma questão com direcionamento, avançando com foco na formulação de ideias, probabilidades, hipóteses, recursos internos e externos disponíveis. 

E deixamos de ser o urso do Pica-Pau que corre e não sai do lugar.

 

2. Motivadores de evolução

No mapeamento de singularidade que eu conduzo, há um exercício que se chama Motivadores de evolução. Nele, identificamos quais são os fatores que nos fazem crescer, melhorar, evoluir de verdade; não porque é bom para a profissão, nem porque o mercado pede, mas sim porque nos faz feliz, nos traz satisfação. 

Nossos motivadores de evolução são como lanternas que nos conduzem num processo de tomada de decisões. Eles iluminam o raciocínio e apontam para a melhor opção naquele determinado momento.

3. Não escolhas

Outro aspecto que eu gosto muito de abordar no mapeamento de singularidade é a lista de não escolhas. O que é inegociável para você? O que você não suporta mais fazer? O que te deixa muito infeliz no trabalho? 

Com essa lista em mãos, você já vai eliminar de cara, sem nem precisar pensar muito, algumas opções e possibilidades ao longo da vida profissional, facilitando muito sua tomada de decisões.

Mas isso precisa ser feito com critério, não é simplesmente listar o que não gosta.

Por exemplo, eu não gosto mais de trabalhar com publicidade como antes. Prefiro mil vezes atuar no design de estratégias de marketing. Mas eu posso decidir trabalhar na estratégia de uma campanha de publicidade digital, por exemplo, pois isso não é uma não escolha, é só uma preferência. O que eu não posso é pilotar uma campanha de publicidade digital, pois execução de campanha de publicidade é uma não escolha para mim. Entendeu a diferença? Mas eu só descobri isso depois que eu mapeei a minha singularidade e tornei as não escolhas muito específicas.

4. Recursos disponíveis e indisponíveis

O mapeamento de singularidade aqui na maris também inclui o reconhecimento de recursos que temos e o que não temos à nossa disposição para trabalhar, como:

  • habilidades
  • capacitações e formações
  • diferenciais
  • capital
  • parceiros estratégicos e
  • tempo, entre outros

Saber o que somos e o que temos é fundamental para fazer escolhas que são do nosso tamanho ou ligeiramente maior. Nesta época em que vivemos, temos a síndrome de escolher sempre pelo Monte Everest sem ter escalado primeiro as montanhas menores. Nem tudo o que faz o olho brilhar é bom pra nós, certo?

Caso prático

Eu já dei alguns exemplos práticos aqui neste artigo, mas vamos pegar um caso concreto para entender melhor esse lance do mapeamento da singularidade e da tomada de decisões.

Digamos que você receba duas propostas de emprego. Minimamente, você tem pelo menos três opções:

  1. ficar onde está e como está
  2. optar por uma das propostas
  3. optar pela outra

Se você já tem sua singularidade mapeada, a decisão será mais fácil e mais consciente, pois você poderá estabelecer critérios objetivos para sua reflexão, como:

  • qual alternativa tem mais motivadores de evolução?
  • qual delas não contempla não escolhas?
  • onde minhas habilidades são (ou serão) mais valorizadas?
  • qual delas é mais compatível com o tempo que eu tenho disponível?
  • e por aí vai…

Eu gosto de conduzir esse processo de tomada de decisões em lousa digital com post-its, uma cor para o que é positivo e outra para o que é negativo. Separo as escolhas em colunas e ao término do processo fica visualmente claro qual é a melhor alternativa. De novo, é óbvio que você pode escolher diferentemente do que aponta o processo reflexivo, mas com certeza essa decisão vai ser com consciência e não porque o Universo falou e você sentiu que era uma boa.

Imagem de tomada de decisões de cliente sem os textos

 

Depois me conta o que achou. Comente aqui. Vai me ajudar bastante no meu trabalho reflexivo sobre singularidade.

 

Sobre a autora

Eu sou Maris Harada, criadora do @fala.maris e fundadora da maris cocriação estratégica.

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