Sou empreendedora há quase 30 anos. Quando olho para trás e me lembro de todos os perrengues da primeira década, confesso que sinto alívio. Aquele período não foi fácil. Minhas formações em Direito, Jornalismo e Gestão Estratégica de Comunicação me ajudaram demais a conduzir as marcas dos clientes, mas comandar a minha própria empresa com apenas noções de Administração, Economia e Gestão de Pessoas foi um desafio imenso.

Como especialista em Comunicação Interna, tive muitas oportunidades de aprendizado de alto nível nessas áreas em que eu me considerava deficiente. Isso porque com os clientes globais que minha agência atendia, fui repórter, editora de materiais de treinamento, ouvinte em cursos e vivências. Sou a comprovação da teoria do Gilberto Dimenstein, que afirma ser possível utilizar a comunicação como meio de aprendizagem. 

Enfim, como senti na pele essa dor de empreender, acabei criando uma metodologia baseada em mind mapping para ajudar os meus clientes empreendedores a planejarem estrategicamente seus negócios e projetarem suas empresas para o crescimento. 

Utilizo essa técnica de facilitação visual para organizar informações e ideias de forma clara e concisa e fomentar perguntas relevantes que podem conduzir a um caminho mais inovador. É aquela coisa que eu sempre digo por aqui: uma ideia vai levando a outra, você puxa o fio da meada e voilà!

Confira abaixo alguns exemplos de como eu utilizo o mind mapping para apoiar a gestão de negócios de empreendedores:

1. Planejamento estratégico: para facilitar a vida dos empreendedores e deixar o processo mais leve, adaptei o Business Model Canvas para o mind mapping com algumas “liberdades poéticas”, para cumprir as lacunas de que eu sinto falta no modelo original.
2. Resolução de problemas: ao colocar o problema como elemento central, é possível aprofundar sua compreensão antes de buscar uma solução, que vem naturalmente num processo que engloba intuição e lógica num mesmo raciocínio, e normalmente é muito mais criativa do que o que pensamos sem aprofundamento.
3. Tomada de decisão: realizar o mapeamento mental traz consciência para decidir. Aliás,esse foi o tema do meu artigo da semana passada. Vou deixar o link aqui no final, caso você queira dar uma olhada.
4. Mapeamento de equipe: é maravilhoso traçar o panorama das equipes pelo mind mapping porque fica muito fácil visualizar as possibilidades de conexão e troca entre as pessoas. Fica bem fácil, por exemplo, perceber que a dificuldade de alguém é o diferencial do outro.
5. Gestão de projetos: o mind mapping também ajuda a mapear tarefas, prazos,  responsabilidades, recursos necessários, resultados esperados, riscos e oportunidades de um projeto. Mas atenção: para implementá-lo e geri-lo no dia a dia, recomendo que você utilize também uma ferramenta kanban.
6. Comunicação eficaz: na construção de projetos ou estratégias, eu gosto de conduzir o mapeamento mental com a participação de toda equipe, ou pelo menos de um representante de cada área envolvida, pois dessa forma todo mundo consegue absorver de maneira clara e eficiente as ideias mais complexas.
7. Desenho de processos/ fluxos: você pode usar o mind mapping também para desenhar processos e fluxos de trabalho. Eu confesso que utilizo outras ferramentas para essa finalidade, mas tem muitas pessoas que preferem o mapeamento mental. 

Se você empreende no seu negócio ou no de alguém, recomendo demais que você utilize o mind mapping.

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Sobre a autora

Eu sou Maris Harada, criadora do @fala.maris e fundadora da maris cocriação estratégica.

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